segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Beligerantes


Caminham lado a lado. Calados. Silêncio cálido. Beligerantes. Não é preciso dizer nada. Não se constrangem. Sentem. Dançam. Corpos surrados. Almas pungentes. As mentes transbordam, carregadas de pensamentos perdidos. São rendidos. O cansaço é escabroso e cruel. Mãos ao alto. Corpos ao chão. Olhos fechados. Acorrentados, cedem. Filantropos que são, descansam para que uma nova batalha seja travada noutro dia. Seus corpos, suas armas. São uma tropa. Escopo de um dia. Exórdio de uma longa peleja. Juntos são mais fortes. Não temem a derrota. Quiçá fosse.

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